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Mostrando postagens de fevereiro 9, 2014

Plano de vôo - cagando regras

Pode beijar, mas está proibido esquentar o clima. Pode trocar mensagem, mas nada de parecer muito interessada. Pode ter química, mas não vá empolgar. Pode fazer tudo fora da cartilha, só não conta para as amigas. Pode ir pra cama, desde que não exista compromisso. Pode sentir tesão, desde que saiba que isso não é amor. Pode sair um dia por semana, mas não mais do que isso para não virar compromisso. Pode amar, mas saiba que tem que ceder. Pode ceder, mas lembre-se de ser você. Pode ter paciência e compreensão, mas nada de ser submissa. Pode querer o que quiser, mas cuidado para não ser exigente demais. Pode cagar qualquer regra, só não vale ser espontâneo.

Varetas

O jogo tem puro gosto de infância. Colorido, bastante atraente para a época, sempre apresentado como desafio. Pegar uma vareta sem mexer com as demais. Ter um alvo. Retirar apenas as amarelas. Ganhar o troféu pegando a única preta. O jogo continua vida afora, no coração. Entre tantos sentimentos misturados, é impossível escolher apenas um sem mexer com os outros. Quero só os amores, bem vermelhos, mas tenho que achar lugar para as outras coisas, sejam elas verdes, amarelas ou azuis.

Sargenta

Ela olhava vigilante. Braços cruzados, olhos fixos, nem esboço de sorriso. Cena difícil de entender num ambiente descontraído. Na outra ponta da lança dos olhos estava ele. Tentava agir como se estivesse livre. Mas era impossível não ver a sargenta que vigiava. Vigiava o quê, meu deus? Medo de ele ver outra bunda que passava, medo de ele ser irremediavelmente flechado pelo cupido, medo de ele ver que a vida existe além dos olhos dela? E sob a lança, ele vivia.