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Mostrando postagens de janeiro 4, 2015

Amores imperfeitos

É verdade que o seu cheiro fica entranhado em mim. Um tipo de rastro, de pegada, de marca que nem dá e nem quero disfarçar. É verdade que seu corpo me conta histórias, que me ninam e despertam, que aconchegam, que me levam por caminhos que apenas nós dois conhecemos. É verdade que a sua conversa me embala, que seus sonhos me interessam, que os seus olhos brilhando me iluminam também. Também é verdade que as noites viram manhãs, que mudam as luas, que a vida tem seus gostos, cheiros e ritmos, que os meus sonhos são muitos, que o amor é conjugado no plural entre tantos encantos cotidianos deste mundo. Sei que amores imperfeitos são as flores da estação. Amores, sempre amores, preenchidos pela imperfeição.

De frente com Gabi

Gabi baixou os óculos cor de rosa, olhou nos olhos, e soltou: - Um verbo: Maria respondeu, sem titubear: - Amar! - É um verbo transitivo ou intransitivo? - Os dois. - Amar quem? - Tudo. - Qualquer um? - O que merecer. - E como sabe? - Não sei. - Quando decide? - Na hora. - E no dia seguinte? - Aí dá pra supor se era mesmo amor. - E não dói? - Às vezes, mas vale a pena, sempre. - Amemos!