Ela não era de falar Deixava que as palavras brilhassem com os olhos Corressem com as lágrimas Ou as esmagava com as mãos Os olhos atentos viam tudo E a cada vez com o coração apertava Ela apertava as mãos Naquela tarde fria Ela viu ele se aproximar De longe, sentia o seu calor De longe, viu que os olhos dele tinham outra direção Os olhos dela não pararam de olhar Mas as mãos se esmagaram Se esconderam entre as coxas E calaram, pelo menos naquele momento, o choro que queria gritar