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Mostrando postagens de março 29, 2015

Sexta-feira da paixão

Sexta-feira à noite, avenida Nossa Senhora de Copacabana, lua cheia. Em cada janela do amontoado de prédios, uma história. Beijo roubado, beijo de tirar o fôlego, beijo que fecha a cortina. Beijo manso de quem divide a vida. Brigas, discussões, desentendimentos. Há quem espere uma mensagem no telefone, uma visita com jeito de inesperada. Olhando a janela, toma uma cerveja só, pensando no que não foi e se um dia será. Ah, essa avenida já viu de um tudo passar. Todos os sentimentos.

Teresa

Teresa é da praia, do sol, do mar Solta pipa, vai no carrinho de rolimã Teresa usa batom e tênis Na bolsa leva um baralho pra jogar truco Bebe cerveja e come brigadeiro Teresa prefere praticar a jardinagem que ganhar flores Paga as contas Cuida de quem ama Vive um dia depois do outro Uns dizem que nunca vai casar Ela é livre demais para vestir as rédeas Rédeas? O vento ensinou a Teresa que ela pode Talvez, quem sabe, um dia Encontrar alguém que lhe vista asas

Decreto

Estava decretado: aquele amor deveria acabar. A partir deste momento, o cheiro dele não provocaria mais nada, a voz não embalaria o desejo, as histórias contadas por ele não despertariam nenhum interesse. Estava proibido lembrar dele quando acontecesse algo no trabalho, e jamais poderia querer ligar para ele para contar como foi o dia. O amor estava morto. Estava decretado: aquele amor deveria começar. A partir deste momento, ela seria o imã do olhar dele. Tudo que ela dissesse pareceria incrível. O colo dela entorpeceria, o corpo dela seria o céu. Seria construído ao lado dela o desejo de passar horas a fio curtindo a alegria do simples estar perto. O amor havia recomeçado. Tudo certo, tudo muito claro. Até que...