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Mostrando postagens de julho 19, 2015

Verdade incerta

Para dizer as coisas mais brutas Argumentava com a verdade Sorria mostrando os dentes Piscava os olhos Era a verdade que iludia O sorriso que ludibriava O samba de emoções Quando o assunto eram os sentimentos Gaguejava Tremia Tropeçava nas palavras O amor morava na incerteza

Fingimento

Os amores fingem que vão embora Fazem-se de abduzidos Como se não deixassem rastros Como se não tivessem escondido o próprio cheiro nos livros, nas histórias, na pele de quem fica Os amores fingem que acabam Fazem-se de amigos, ou estranhos Como se os olhos não mais trocassem mensagens Como se um não tivesse adotado o ritmo da respiração do outro Amores tentam fingir que transformaram flores em pedras Sendo que numa chuvinha à toda Inevitavelmente Vão brotar outra vez Em algum lugar

Vísceras

Montou toda a história na cabeça Tinha argumentos e explicações para tudo Fez todos os combinados consigo mesma Assim seguiu Acontece que as vísceras não se enganam E tudo que foi resolvido na mente Mas não na alma Pode explodir num momento de distração