Ele sempre foi o príncipe (Ou sentia que deveria ser) À majestade, bastava existir para ser amado Ela era menina Livre, como deveria ser E à ela, vossa majestade não era ninguém Mas a realeza tem seus caprichos Era destino da moça pertencer a ele Ordem dada, ordem a ser cumprida Que viessem os capangas Que se esquecesse a lei Que empunhassem as armas Travestida de amor Era praticada a violência A menina já nada livre, sem brilho O rei com as mãos em seu cetro de sangue
Maria eu, Maria você, Maria ela, Maria ele, Maria do João, Maria João, Maria nós