O ano feio nos jogou pra dentro A rua ficou desagradável Era preciso o refugio de casa Refugio? A morada acolhe nas miudezas cotidianas O gosto do café quente A clareza das manhãs Quando a vida na rua fica hostil A casa fica exposta E não há flores de plástico que entorpeçam pelo perfume Mas se as flores são de fato De terra, perfume, fragilidades e fortalezas No tempo certo aquecem a morada E não há rua hostil que nos quite a primavera
Maria eu, Maria você, Maria ela, Maria ele, Maria do João, Maria João, Maria nós