A aproximação ensinava a eles o segredo para abrir as portas que moravam no outro O toque nas costas O cheiro na nuca As mãos nos cabelos Até conquistarem o encanto maior O momento mágico em que riam juntos Sem pra quê
A cada vez que ela ouvia dele, com olhos insanos, um severo "você é incoerente!", se calava. Puxava na memória e não encontrava nenhum registro dos parâmetros que supostamente deveria seguir. Os anos passaram, e ela entendeu que a tal incoerência era apenas a sua espontaneidade. Para cada pedaço de vida vivida, um sentimento, uma reação, um galope no peito, um cheiro na memória. E assim fez da incoerência um pedaço bonito de si mesma.