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Mostrando postagens de dezembro 20, 2015

Lá nas histórias de amor

Nas histórias de amor, os amantes se reconheceram Parecia que um monte de coincidências os aproximou Eles contavam os passos do encontro como uma narrativa épica Em que os olhos se cruzaram As mãos se entrelaçaram As almas de misturaram Nas histórias de amor, os carinhos fizeram morada Não foram entendidos como promessas Muito menos ameaças Eram o que havia para o momento E isso bastava Nas histórias de amor, lá nas histórias de amor Os dois tinham as suas maluquices Cada um a sua maneira tentava lidar com a loucura própria E não se ferir com a do outro Havia palavras e silêncios Beijos e breves distâncias Nas histórias de amor havia um querer que persistia Histórias cotidianas que se completavam quando contavam para o outro Gestos de amizade e desejos apimentados Longas conversas sobre qualquer coisa E a sensação de que o outro morava dentro Perto Mas isso é lá nas histórias de amor

Bom velhinho

Natal é dia de acender o lampião antigo Suportar o cheiro do querosene E sair caminhando pela alma Entrar no coração e olhar para os sentimentos Deixar pulsar o que está vivo Cuidar do que está ferido Talvez o bom velhinho seja esse lampião Antigo, analógico,  nada fácil Mas tão necessário Por sua luz

Réveillon

Começar um amor é feito virar o ano Você continua você, ele continua ele Mas há aquela expectativa de que desta vez será melhor Será melhor porque é o amor começando outra vez Porque vocês aprenderam com o último E a vida está dando uma nova oportunidade É réveillon no coração Cheio de esperanças E brinde à felicidade Se der certo, mais um ano juntinhos pra renovar os votos Se der errado, logo logo vem outro aí

A dois

A dois entramos nesta história Nesta canoa Neste roteiro A dois tomamos as decisões Ir Vir Desistir A dois damos as mãos Os fatos Os planos Costuramos os dias A dois escrevemos as linhas Tortas Nossas Únicas