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Mostrando postagens de agosto 2, 2015

Alegria

A alegria escapava nos olhos Contornava o corpo mais magro Impulsionava o sorriso espontâneo Sem motivo específico Brotava de dentro E florescia A temporada da alegria Que espalhava beleza Durava o tempo do equilíbrio Amém

Vasculhando

Olhou Vasculhou Abriu as tampas Escancarou as portas Em algum lugar teria de estar Buscava alguma parte dela que não estivesse saturada dele Alguma camada da pele que fosse apenas dela Um pedaço de carne ainda livre Pra ser diferente Queria encontrar um modo de agir não viciado O tal do amor pra recomeçar Que morava dentro dela Pronto pra brotar

Linguagem

Ele gostava das reticências, apostos, frases longas... Ela queria a frase em ordem direta Uma simples equação: eu + você = todos nós Quando ela era direta Ele lançava mão dos emoticons E a frase, aquela, ficava perdida em algum canto da boca

Balada

Sabia atuar no modo balada Apertava o play Deixava a rua levar Se entupia de estímulos Se ludibriava de euforia Depois voltava pra casa Ouvia o próprio silêncio Deixava fluir o que morava no coração Sentia os sinais do corpo E entendia o que a balada não conseguia levar

Personagem

Começou a ler o livro e não podia acreditar: era a história dela narrada ali. A dela, a dele, da outra e do outro. Foi misturando fantasia e realidade. Se via nas cenas descritas. Como podia ser tudo tão real? Se eu livro não tivesse sido publicado antes de ela nascer, teria certeza de que foi seguida. Serão mesmo as artimanhas do amor tão banais?

Perfume

Era o cheiro dele o melhor lugar do mundo Fonte de paz Ela aspirava aquele perfume Como se assim colocasse a alma dele em contato com a dela Também era o cheiro dele que atiçava a lembrança Era como se ele se manifestasse em qualquer lugar Mas sempre de dentro dela Misturado Era o cheiro dele instalado nela A marca da história que eles viveram Pra cada fato acontecido, o discurso inventaria as versões Mas o perfume dele era único Nela