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Mostrando postagens de junho 8, 2014

Historinhas de desamor

Ela estava no trabalho, concentrada. De repente, chegaram as flores. No cartão, um "surpresa!", sem assinatura. Mas ela não tinha dúvidas de quem era o remetente. Era o mesmo com quem se encontraria mais tarde. Ela estava pronta, discretamente bem vestida e perfumada. Na saída, como combinado, ele chegou na porta da empresa. Ela entrou no carro saltitante, carregando o buquê. Abraçou o rapaz, e repetia sem observar a cena: "eu adorei! eu adorei!". Quando finalmente parou para observar, viu a cara de desconforto dele. Sem graça, ele anunciou: "são lindas as flores, mas não fui eu quem mandou." Sem saber o que fazer, ela jogou as flores no banco de trás do carro. Ainda tentaram ter uma noite agradável, mas o cheiro de velório se instalou na na cena que se tornou moribunda. xxxxxxxxx Era terça-feira. Fazia um ano que estavam juntos. Dia de aniversário de primeira vez. Mil lembranças passavam pela cabeça dela. O primeiro beijo, a primeira entre...

Porco espinho

Reza a lenda, ou a biologia, que o porco espinho, para não sentir frio nem fisgar o companheiro, acha a distância ideal para entrelaçar as lanças, respeitando os limites. Juram os apaixonados que o amor supera qualquer espinho, até que se ferem de morte. Praguejam os corações machucados que os espinhos viram feridas eternas, que não hão de curar. Ensina o tempo que tudo passa, e as prioridades são invertidas. E cada pessoa que te atravessa a vida tem um palpite diferente sobre o tema. Espinhos, escudos, lanças, corações kamikazes. Cada porco espinho por si.