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Mostrando postagens de janeiro 12, 2014

GPS

No espaço para escolher o destino, ela escreveu "amor". Apareceu a rota. "Navegar da localização atual até o amor?" Claro! E lá foi ela, seguindo a linha azul. A seta sempre indicando mais à frente. Em várias esquinas ela sentiu um frio na barriga, se perguntando se havia chegado. Em alguns momentos de desassossego e outros de extrema paz, esteve certa de que estava no destino. Mas a seta seguia indicando mais à frente. Talvez o amor more no desencontro. Talvez na busca. Seria ele a própria seta?  A eterna rota azul.

Palavras

Ele falou sem muito pensar. Falou porque o coração pulsou, porque sentiu um frio na barriga, porque deu um nó na garganta. Quando falou, ela ouviu. E respondeu. Peraí! Não era bem isso. Mas estava dito. Antes das palavras disseram os gestos, o ritmo da respiração, o gosto dos beijos e os olhares. Antes das palavras, disseram os corpos. Falaram com toda a acentuação, todos os substantivos, verbos, advérbios e adjetivos. As palavras até tentaram explicitar, mas os poros gritavam mais alto.