Maria sabia que era preciso atravessar o rio. Sim, havia correnteza. Sim, havia vento. Sia, havia peixes. Sim, podia haver buracos. Mas era preciso chegar à outra margem, e era preciso atravessar o rio. Travessia longa. Foram tantos percalços. Maria se concentrou em casa um deles. Um travessia de meses que pareciam anos, tamanha a intensidade. Quando por fim chegou perto da margem, a paisagem não se parecia em nada com o que havia mirado distante. Sim, era o outro lado. Sim, ela conseguiu atravessar. Sim, era uma conquista, ainda que ela estivesse em pedaços. E agora, ó, José?