Ela estava no trabalho, concentrada. De repente, chegaram as flores. No cartão, um "surpresa!", sem assinatura. Mas ela não tinha dúvidas de quem era o remetente. Era o mesmo com quem se encontraria mais tarde.
Ela estava pronta, discretamente bem vestida e perfumada.
Na saída, como combinado, ele chegou na porta da empresa.
Ela entrou no carro saltitante, carregando o buquê. Abraçou o rapaz, e repetia sem observar a cena: "eu adorei! eu adorei!".
Quando finalmente parou para observar, viu a cara de desconforto dele. Sem graça, ele anunciou: "são lindas as flores, mas não fui eu quem mandou."
Sem saber o que fazer, ela jogou as flores no banco de trás do carro. Ainda tentaram ter uma noite agradável, mas o cheiro de velório se instalou na na cena que se tornou moribunda.
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Era terça-feira. Fazia um ano que estavam juntos. Dia de aniversário de primeira vez. Mil lembranças passavam pela cabeça dela. O primeiro beijo, a primeira entrega, os dias seguintes. A forma como descobriu que ele não era tão livre assim. O dia que viu ele com a ex nem tão ex assim passeando pelo shopping.
Mas hoje era dia de tudo entrar nos eixos.
Foi cedo ao supermercado. Comprou verduras frescas, carne fresca, massa fresca. Vinho bom. "É hoje!", ela pensava confiante.
De repente, uma mensagem no celular: "chego às 20h".
Ela esperava por algo menos seco, mas tudo bem, nada iria estragar a comemoração.
20h
Jantar quase pronto. Ela linda.
20h30
Nenhuma mensagem.
21h
Ela chora, discretamente.
22h
Acordou sozinha no sofá.
Ela estava pronta, discretamente bem vestida e perfumada.
Na saída, como combinado, ele chegou na porta da empresa.
Ela entrou no carro saltitante, carregando o buquê. Abraçou o rapaz, e repetia sem observar a cena: "eu adorei! eu adorei!".
Quando finalmente parou para observar, viu a cara de desconforto dele. Sem graça, ele anunciou: "são lindas as flores, mas não fui eu quem mandou."
Sem saber o que fazer, ela jogou as flores no banco de trás do carro. Ainda tentaram ter uma noite agradável, mas o cheiro de velório se instalou na na cena que se tornou moribunda.
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Era terça-feira. Fazia um ano que estavam juntos. Dia de aniversário de primeira vez. Mil lembranças passavam pela cabeça dela. O primeiro beijo, a primeira entrega, os dias seguintes. A forma como descobriu que ele não era tão livre assim. O dia que viu ele com a ex nem tão ex assim passeando pelo shopping.
Mas hoje era dia de tudo entrar nos eixos.
Foi cedo ao supermercado. Comprou verduras frescas, carne fresca, massa fresca. Vinho bom. "É hoje!", ela pensava confiante.
De repente, uma mensagem no celular: "chego às 20h".
Ela esperava por algo menos seco, mas tudo bem, nada iria estragar a comemoração.
20h
Jantar quase pronto. Ela linda.
20h30
Nenhuma mensagem.
21h
Ela chora, discretamente.
22h
Acordou sozinha no sofá.
Como digo para o Daniel em várias ocasiões: "Isso acontece!"
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