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Varetas

O jogo tem puro gosto de infância. Colorido, bastante atraente para a época, sempre apresentado como desafio. Pegar uma vareta sem mexer com as demais. Ter um alvo. Retirar apenas as amarelas. Ganhar o troféu pegando a única preta.

O jogo continua vida afora, no coração. Entre tantos sentimentos misturados, é impossível escolher apenas um sem mexer com os outros. Quero só os amores, bem vermelhos, mas tenho que achar lugar para as outras coisas, sejam elas verdes, amarelas ou azuis.


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O amor chega pelas flores E para que elas permaneçam É preciso aumentar a quantidade de folhas Fortalecer o caule Oxigenar a estrutura Em estágios avançados O amor reestrutura a raiz O que causa certa vertigem O momento do novo A entrada de tanto ar e água O amor se instala nas flores Folhas Caule Raízes Você inteiro: ar, água, tudo.

E bota no corpo uma outra vez

Subiu no armário Buscou o saco com as fantasias e os apetrechos de carnaval Riu ao lembrar do dia em que usou aqueles cílios postiços E sentiu o coração gelado quando viu aquela saia de bailarina Era apenas objetos... carregados de lembranças e cheiros No cantinho da mente, tocava aquela trilha sonora As lembranças desbotadas de vodca Respirou fundo Misturou os acessórios novos com aqueles cheios de histórias Sorriu E decidiu se jogar nos braços do Rei Momo Como se fosse a primeira vez