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Bela da torre

E, no imaginário, sempre chegaria um homem forte para salvá-la da torre e do dragão.
Forte, inteligente, gentil, lindo e apaixonado (e rico).
Se era forte, não parecia inteligente.
Se era inteligente, nada gentil.
Se era apaixonado, não era rico.
Se era lindo, não era forte.
E, cá prá nós, ninguém está interessado em lutar com dragão para salvar a donzela. Donzela?
Então cabia a ela ser forte e inteligente. Gentil, claro, com quem merecer. Com sorte, viveria paixões.  Feliz, seria linda. Rica já era querer demais.
Fez da torre o lar. Fez amizade com o dragão. Quando dava, passeava na floresta. Se tudo desse certo, esbarrava com o lobo mau.

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