- Pai, eu sou tão pequenininha que quase sumo do outro lado da mesa
A menina conversava com o pai, fazendo quase um pedido para crescer logo. Ele, que gostava de mostrar a sua magia e sabia que não podia roubar dela aquela fase linda da vida, ofereceu o que tinha. Com uma expressão encantadora e uma voz de dono da magia, fez um emaranhado com os braços e sacou um imaginário jogo de linhas, semelhante ao de uma marionete, e o ofereceu à filha. Explicou que eram linhas mágicas e que a ajudariam a chegar onde quisesse.
Ela recebeu o presente com carinho e, mesmo anos depois, quando sentia um frio na barriga diante da possibilidade de crescer, se apoiava às linhas e chegava a qualquer lugar.
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