Pular para o conteúdo principal

Codo a codo

A Pátria de joelhos
O asco instalado
O porvir que assusta

As suas mãos são meu cais
A sua voz o meu porto seguro
A sua boca o meu aconchego

Deixemos Mario Benedetti falar:

Tus manos son mi caricia 
mis acordes cotidianos 
te quiero porque tus manos 
trabajan por la justicia 

si te quiero es porque sos 
mi amor mi cómplice y todo 
y en la calle codo a codo 
somos mucho más que dos 

tus ojos son mi conjuro 
contra la mala jornada 
te quiero por tu mirada 
que mira y siembra futuro 

tu boca que es tuya y mía 
tu boca no se equivoca 
te quiero porque tu boca 
sabe gritar rebeldía 

si te quiero es porque sos 
mi amor mi cómplice y todo 
y en la calle codo a codo 
somos mucho más que dos 

y por tu rostro sincero 
y tu paso vagabundo 
y tu llanto por el mundo 
porque sos pueblo te quiero 

y porque amor no es aureola 
ni cándida moraleja 
y porque somos pareja 
que sabe que no está sola 

te quiero en mi paraíso 
es decir que en mi país 
la gente viva feliz 
aunque no tenga permiso 

si te quiero es porque sos 
mi amor mi cómplice y todo 
y en la calle codo a codo 
somos mucho más que dos.

Lee todo en: Te quiero - Poemas de Mario Benedetti http://www.poemas-del-alma.com/te-quiero.htm#ixzz4J0Y0ZWaI

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O amor quando se instala

O amor chega pelas flores E para que elas permaneçam É preciso aumentar a quantidade de folhas Fortalecer o caule Oxigenar a estrutura Em estágios avançados O amor reestrutura a raiz O que causa certa vertigem O momento do novo A entrada de tanto ar e água O amor se instala nas flores Folhas Caule Raízes Você inteiro: ar, água, tudo.

Nuvem

Os efeitos do tempo são únicos Esvoaçante Passam os dias, as semanas, os meses E as lembranças vão compondo a grande nuvem Um cheiro Uma palavra Um olhar Uma imagem Mas quando se tenta tocar, desmancha no ar O tempo deixa tudo suave O que foi bom O que foi ruim Tudo em tons pastel Todos na mesma nuvem

Pra sonhar

Que se danem o senso crítico, a Pós Modernidade, os profissionais do mau agouro Que fique no passado o que nos passou Non, rien de rien Quero me casar ao som de Marcelo Jeneci Assim "Pra sonhar" E nos entorpecer para viver os dias cinzas Eu aceito pagar língua, assumir-me irremediavelmente romântica Com a licença de Pessoa, ser ridícula Ao seu lado.