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Cultura do estupro

O toque desmontava, por instantes, a armadura
Uma armadura rígida, pesada, enferrujada
Uma armadura que ele não suportava mais carregar

Ela tinha colo
Ela sorria sem motivo
Sem motivo, a ela bastava ele estar por perto

Com valentia,
Ele arrancou a armadura e jogou contra ela
Fim da angústia.

"A violência é o acolhimento virado do avesso"

https://norasamaran.com/2016/03/25/o-oposto-da-cultura-de-estupro-e-a-cultura-de-acolhimento/

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Subiu no armário Buscou o saco com as fantasias e os apetrechos de carnaval Riu ao lembrar do dia em que usou aqueles cílios postiços E sentiu o coração gelado quando viu aquela saia de bailarina Era apenas objetos... carregados de lembranças e cheiros No cantinho da mente, tocava aquela trilha sonora As lembranças desbotadas de vodca Respirou fundo Misturou os acessórios novos com aqueles cheios de histórias Sorriu E decidiu se jogar nos braços do Rei Momo Como se fosse a primeira vez