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Um amor em Bangkok

A lembrança dele seria montada num amontoado de coisas.
Tanta gente, tantos, cheiros, tantos sons. O gosto agridoce.
Os olhos dele se destacaram na multidão. Entre chamados de vendedores, uma centena de passantes, uma dúzia de culturas, e o sorriso dele apareceu.
Nos olhos dele, ela passou com os pés leves. Flutuando.
Os idiomas distantes, as alturas tão diferentes, vidas que só poderia se misturar ali naquela caos, em meio a um tudo.

Ela até tentava ver algum romantismo nas bicicletas que passavam pelas ruas de Bagkok, nos tuk tuks desengonçados, nas árvores gigantes, nas ruas estreitas, nas flores. Ah, as flores!

Mas o encanto morava no olhar dele. Um ponto de paz. Um brilho direcionado a ela. Um amor tão instantâneo quanto efêmero.



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