Sou do lar
Cuido, mimo, dou broncas
Me doou às crias e a quem mereça
Labuta diária de um amor sem fim
Sou da firma
Enfrento problemas sérios e soluções complexas
Aprendo sempre um pouco mais
Pago as contas
Sou dos livros
Me misturo nas narrativas dos outros
Descubro os personagens em mim
Me encanto com a cadência das palavras
Sou das vísceras
Aprendi meu corpo e encaro minha mente
Limites e desfrutes
Bastas e beijos
Sou da vida
O corpo que dança
O álcool que sobe
A mente que sublima
Sou da pá virada
Levo um tacape certeiro
Palavras afiadas
E me derreto em um cafuné
Sou Maria
Desdobrável
Não há caixinha que me caiba
Nem amor que finde em mim
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