Quando acordaram de manhã, estavam constrangidos. Ela escondeu o corpo com o lençol. Ele ficou um tempinho com os olhos fechados, pensando em como agir. Os embalos da noite levaram os dois para aquela cama, mas a singeleza da manhã ainda não tinha dado respostas do que fazer.
Ela olhou para o lado e viu suas roupas. Teria que se levantar para pegar. Preferiu se enrolar um pouco mais no lençol. As lembranças vinham em flashes. Lembrou da conversa animada, os argumentos instigantes, os risos, o beijo quente e as mãos firmes.
Ele, com os olhos fechados, ainda sentia o gosto dela. Estranho, mas desta vez não sentiu pressa de ir embora. Olhou para ela e sorriu. Ela, um pouco envergonhada, sorriu também.
- Vamos tomar um café?
O constrangimento, aos poucos, foi dando lugar à intimidade.
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