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Fibra ótica

Eu tenho um amor que mora no celular. A cara dele está sempre sorrindo pra mim. Tão lindo!
Vou levando a minha vida e compartilho com ele a lida diária.  Um dia um sufoco no trabalho, outro uma pequena conquista. Às vezes os planos.
Ele me lê e responde, quando dá. Ele é muito ocupado também.
Quando a saudade é muita ele sai do celular. Invade meus sonhos. Chega a usar outro corpo só pra me aparecer na madrugada. Me beija, me entorpece e some outra vez.
Nasce o sol e volto pra minha rotina. Dias preenchidos com os amores da alma e tantos afazeres. Sempre acompanhada do celular.

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- Ele me disse que ia embora porque, se ficasse por perto, a gente ia acabar se casando. Pronto aconteceu de novo. De novo com ela. De novo com mais uma Maria. - É que você é muito intensa. Era o clichê dos dias atuais de volta à roda das amigas. Parecia um encanto, ou uma maldição.  O eterno Eduardo e Mônica.  Ela de cabelos vermelhos, ele no futebol de botão. Estava nos filmes, nas séries, nos desabafos de zapzap. Estava também na sala de estar. - Comigo aconteceu daquela vez, não lembra? - Homem se sente aterrorizado diante de uma mulher bem resolvida. - Nos dias de hoje, é proibido falar de amor. Mais um drink. Mais uma dose de esperança. Mais uma vez recomeçar.