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Renda

Você ainda não sabe
Mas nesta noite eu serei sua
Vai me passar aquela cantada barata
E desta vez eu vou

Vou te dizer sim ainda em público
Para te ver atordoado
Tentando tirar os olhos do meu decote
Em vão, controlar os pensamentos

Quando estivermos sós
Não quero palavras
Quero sua boca inteira
Sua saliva quente

Suas mãos vão entrar pelo meu decote
Sua língua nos meus seios
Seu cheiro nos meus poros
Nosso juízo pela janela

Seus dedos aflitos vão subir a minha saia
E você verá a renda que escolhi para nós dois
Renda que agora está molhada
À espera de você



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O amor quando se instala

O amor chega pelas flores E para que elas permaneçam É preciso aumentar a quantidade de folhas Fortalecer o caule Oxigenar a estrutura Em estágios avançados O amor reestrutura a raiz O que causa certa vertigem O momento do novo A entrada de tanto ar e água O amor se instala nas flores Folhas Caule Raízes Você inteiro: ar, água, tudo.

E bota no corpo uma outra vez

Subiu no armário Buscou o saco com as fantasias e os apetrechos de carnaval Riu ao lembrar do dia em que usou aqueles cílios postiços E sentiu o coração gelado quando viu aquela saia de bailarina Era apenas objetos... carregados de lembranças e cheiros No cantinho da mente, tocava aquela trilha sonora As lembranças desbotadas de vodca Respirou fundo Misturou os acessórios novos com aqueles cheios de histórias Sorriu E decidiu se jogar nos braços do Rei Momo Como se fosse a primeira vez