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Portas

Eu te abri a porta da sala
Você entrou com seu sorriso
Me envolveu nas suas palavras 
Me encantou com seus argumentos
Sorri também 

Eu te abri as pernas
Você entrou decidido
Me envolveu no seu corpo
Me encantou com seu cheiro e gosto
Estremeci

Eu te abri o peito
O coração, os sentimentos
Entorpecida
Você não soube o que fazer
E continua segurando a chave

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O amor quando se instala

O amor chega pelas flores E para que elas permaneçam É preciso aumentar a quantidade de folhas Fortalecer o caule Oxigenar a estrutura Em estágios avançados O amor reestrutura a raiz O que causa certa vertigem O momento do novo A entrada de tanto ar e água O amor se instala nas flores Folhas Caule Raízes Você inteiro: ar, água, tudo.

Pra sonhar

Que se danem o senso crítico, a Pós Modernidade, os profissionais do mau agouro Que fique no passado o que nos passou Non, rien de rien Quero me casar ao som de Marcelo Jeneci Assim "Pra sonhar" E nos entorpecer para viver os dias cinzas Eu aceito pagar língua, assumir-me irremediavelmente romântica Com a licença de Pessoa, ser ridícula Ao seu lado.

Dar conta

Para que fiquem juntos, é preciso e inevitável passar por três estágios: 1. o interesse 2. o desejo 3. o dar conta. O interesse desperta o flerte, a curiosidade, aquele gostinho de quero mais. O desejo é o encontro, a escolha, o coração aos pulos, aquele frio na barriga. O dar conta, ah, dar conta é outra história. É o emocional vestido de racional, são as vísceras gritando, os medos dando o tom. dar conta é tornar realidade a mistura de vidas, a junção de rotinas. É em parte se refazer e um bocado de coisa redimensionar para caber o outro. É dar conta de ser no plural. É manter o amor por si mesmo e também pelo outro. Dar conta é o exercício diário. Depois de dar conta ainda tem dias que despertam o interesse, e noites que alimentam o desejo.