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Desculpe, Bauman

Não, os amores não são líquidos
Líquidos são os prazeres
Liquefeitos
Voláteis
 Efêmeros
Talvez, divinos

Os amores são sólidos
Criados no momento mágico do encontro
Quando duas almas de entrelaçam
Longe de armaduras
Sem as amarras dos outros além de nós
Humanos

Prazeres são dádivas
Amor é construção
Cria nós
Tijolos
Caminhos
Tão sólidos quanto o trabalho feito por nós dois

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Que se danem o senso crítico, a Pós Modernidade, os profissionais do mau agouro Que fique no passado o que nos passou Non, rien de rien Quero me casar ao som de Marcelo Jeneci Assim "Pra sonhar" E nos entorpecer para viver os dias cinzas Eu aceito pagar língua, assumir-me irremediavelmente romântica Com a licença de Pessoa, ser ridícula Ao seu lado.