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Sabina

Se encantara pelo agora.
Vivia de acordo com as respostas dos poros.
Reagia seguindo os sentidos primários, instantâneos.
Era intensa. Cheiro, gosto e suor. Palavras.
O amanhã era intangível.
Queria de novo o gosto da conquista.
Planejava apenas poder sempre regressar ao ponto de partida.
Era verso. Não prosa.
Era livre. Presa no status de liberdade.


"O seu drama não era o drama do peso, mas o da leveza. O que se abatera sobre ela não era um fardo, mas a insustentável leveza do ser." - Milan Kundera

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