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Viver para contar

Ainda no começo, quando tanta coisa parecia encanto, a narrativa era cheia de suspiros.
"Ele é tão..." e haja reticências.

O tempo foi passando, os fatos se apresentando, eles se conhecendo, um marcando a vida do outro. Ah, tantas histórias!

Teve aquele dia do sorvete de pistache, aquele outro em que escapou um "eu te amo", aquele aperto de mão que segurou a alma dela quando ela precisou. Teve dúvida, teve perguntas, teve reviravoltas. O coração bateu, as emoções fizeram deles uma morada.

Quando sentiram cheiro do fim, as histórias dançavam na cabeça deles, nas almas entrelaçadas.

Quando acabou, passou o rancor, ficou aquela história daquele dia branco, daquele barquinho tão pequeno dentro do mar azul, daqueles corações que tentaram e conseguiram muitas coisas.

"Mesmo que os romances sejam falsos como o nosso, são bonitas, não importa, são bonitas as canções"

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