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Oi

"Oi, namoradinha", disse ele, com um sorriso maroto e uma piscadinha irresistível.
Ela só conseguiu ficar vermelha, com o coração disparado.
Eles nem imaginavam, mas vivam ali uma emoção que buscariam sentir outra vez a vida toda.
O coração dela marcou ali a o ritmo descontrolado dos batimentos que buscaria vida afora.

"E você deixou ele entrar?", perguntou a avó, ávida pelas histórias da neta.
Aquele coração que bateu descompassado tantas vezes, buscava naquela narrativa mais alguns saltos.
Tragava as histórias da neta para alimentar os caminhos que o corpo dela inventara anos a fio.

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O amor quando se instala

O amor chega pelas flores E para que elas permaneçam É preciso aumentar a quantidade de folhas Fortalecer o caule Oxigenar a estrutura Em estágios avançados O amor reestrutura a raiz O que causa certa vertigem O momento do novo A entrada de tanto ar e água O amor se instala nas flores Folhas Caule Raízes Você inteiro: ar, água, tudo.

E bota no corpo uma outra vez

Subiu no armário Buscou o saco com as fantasias e os apetrechos de carnaval Riu ao lembrar do dia em que usou aqueles cílios postiços E sentiu o coração gelado quando viu aquela saia de bailarina Era apenas objetos... carregados de lembranças e cheiros No cantinho da mente, tocava aquela trilha sonora As lembranças desbotadas de vodca Respirou fundo Misturou os acessórios novos com aqueles cheios de histórias Sorriu E decidiu se jogar nos braços do Rei Momo Como se fosse a primeira vez