Ela tinha adormecido.
A única luz no quarto vinha do abajur.
Um abajur amarelo, ele tentava entender. Por que alguém compra isso? Além de ser de um amarelo forte, tinha uma forma indefinida.
Ao lado do abajur, um livro. Ele forçou a vista para ler o título. Não conhecia. Tampouco sabia quem era o autor. Poesia, deduziu. Não se interessou.
Ela dormia um sono tranquilo. A luz do abajur mostrava as suas curvas sob o lençol. Bastava.
Ele levaria dali a lembrança de algumas cenas, entre elas aquele abajur, este sim cor de carne e não carmim.
Comentários
Postar um comentário