Pular para o conteúdo principal

Sem nome

Sentia uma coisa estranha
Talvez no estômago
Não, estava na pele
Mas sentia quando respirava
Um frio esquisito
Não tinha febre
Depois pesava no ombro
Daí afrouxava
De repente uma taquicardia
Quando bebia, falava
Daí esquecia
Dependendo de quem estivesse perto era mais intenso
Dependendo de quem estivesse longe ficava insuportável

Uma mão na nuca explicava
Um cheiro no canto do pescoço respondia
Um arrepio ao toque dizia muito
Mas era fugaz
Logo voltava aquela coisa estranha



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O amor quando se instala

O amor chega pelas flores E para que elas permaneçam É preciso aumentar a quantidade de folhas Fortalecer o caule Oxigenar a estrutura Em estágios avançados O amor reestrutura a raiz O que causa certa vertigem O momento do novo A entrada de tanto ar e água O amor se instala nas flores Folhas Caule Raízes Você inteiro: ar, água, tudo.

Para sempre Eduardo e Mônica

- Ele me disse que ia embora porque, se ficasse por perto, a gente ia acabar se casando. Pronto aconteceu de novo. De novo com ela. De novo com mais uma Maria. - É que você é muito intensa. Era o clichê dos dias atuais de volta à roda das amigas. Parecia um encanto, ou uma maldição.  O eterno Eduardo e Mônica.  Ela de cabelos vermelhos, ele no futebol de botão. Estava nos filmes, nas séries, nos desabafos de zapzap. Estava também na sala de estar. - Comigo aconteceu daquela vez, não lembra? - Homem se sente aterrorizado diante de uma mulher bem resolvida. - Nos dias de hoje, é proibido falar de amor. Mais um drink. Mais uma dose de esperança. Mais uma vez recomeçar.