Ainda no primeiro encontro, foram a um restaurante japonês.
"Bom começo!", ela pensou, animada com a possibilidade do novo romance.
Ela usava um vestido preto, um pouco ousado. Ele usava uma blusa amarela, dessas que quem passava parava para observar. Ela exagerou um pouco no perfume, e ele nem gostava de cheiro artificial.
A conversa fluía bem. Pediram um barco, com um pouco de cada coisa. Uma cerveja, outra cerveja. Ela pediu um saquê.
Quando chegou a comida, ele foi direto no salmão, ela no atum.
Tentaram falar de política, mas o assunto começou a ameaçar a harmonia da noite. Falaram do último filme que fez sucesso, da atuação do Brad Pitt, da beleza daquela atriz. Como é mesmo o nome dela?
Enquanto conversavam, seguiam comendo. Cada um apenas no seu peixe favorito. Ela começou a ficar incomodada com isso. Decidida, ela pegou um salmão na área que já estava demarcada como dele. Ficou esperando ele pegar um atum, na expectativa de uma troca de esforço para serem ambos simpáticos.
Falaram sobre a proximidade da Copa do Mundo. Ela preocupada com as manifestações, ele falando nome de jogadores que ela nem imaginava quem eram.
Ele pegou o último pedaço de salmão. Nem olhou para o atum. Chegou a pegar o cardápio.
Ela se teletransportou para uma feira de domingo. Os pombinhos comprando os alimentos para o almoço de domingo. Na barraca de peixe, ele irredutível diante do peixe favorito. A mesma cena na escolha das frutas. A mesma inflexibilidade para escolher o filme do cinema, ele sempre querendo os filmes brutos. A briga para educar os filhos.
Ele perguntou se ela viu a final da copa europeia.
Ela sorriu. Acaba de aterrizar do teletransporte.
Ele entendeu. Talvez soubesse ler pensamentos. Talvez os olhos dela falassem demais. E se explicou.
"Certa vez comi um atum estragado, nunca mais me desceu." E continuou falando de futebol.
Os pensamentos dela não paravam. A explicação não tirava dele a imagem de inflexível. Como assim deixou de comer uma coisa porque uma vez fez mal.
Romance fracassado. E ela passou muito tempo sem querer comer salmão.
"Bom começo!", ela pensou, animada com a possibilidade do novo romance.
Ela usava um vestido preto, um pouco ousado. Ele usava uma blusa amarela, dessas que quem passava parava para observar. Ela exagerou um pouco no perfume, e ele nem gostava de cheiro artificial.
A conversa fluía bem. Pediram um barco, com um pouco de cada coisa. Uma cerveja, outra cerveja. Ela pediu um saquê.
Quando chegou a comida, ele foi direto no salmão, ela no atum.
Tentaram falar de política, mas o assunto começou a ameaçar a harmonia da noite. Falaram do último filme que fez sucesso, da atuação do Brad Pitt, da beleza daquela atriz. Como é mesmo o nome dela?
Enquanto conversavam, seguiam comendo. Cada um apenas no seu peixe favorito. Ela começou a ficar incomodada com isso. Decidida, ela pegou um salmão na área que já estava demarcada como dele. Ficou esperando ele pegar um atum, na expectativa de uma troca de esforço para serem ambos simpáticos.
Falaram sobre a proximidade da Copa do Mundo. Ela preocupada com as manifestações, ele falando nome de jogadores que ela nem imaginava quem eram.
Ele pegou o último pedaço de salmão. Nem olhou para o atum. Chegou a pegar o cardápio.
Ela se teletransportou para uma feira de domingo. Os pombinhos comprando os alimentos para o almoço de domingo. Na barraca de peixe, ele irredutível diante do peixe favorito. A mesma cena na escolha das frutas. A mesma inflexibilidade para escolher o filme do cinema, ele sempre querendo os filmes brutos. A briga para educar os filhos.
Ele perguntou se ela viu a final da copa europeia.
Ela sorriu. Acaba de aterrizar do teletransporte.
Ele entendeu. Talvez soubesse ler pensamentos. Talvez os olhos dela falassem demais. E se explicou.
"Certa vez comi um atum estragado, nunca mais me desceu." E continuou falando de futebol.
Os pensamentos dela não paravam. A explicação não tirava dele a imagem de inflexível. Como assim deixou de comer uma coisa porque uma vez fez mal.
Romance fracassado. E ela passou muito tempo sem querer comer salmão.
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