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Colombina

A chuva de confetes alegrava a festa.
Míope e sem os óculos, ela via alguns vultos entre os papeizinhos coloridos.
Conhecia aquele pirata de algum lugar.
Aquele vestido de bailarina não era aquele... vixi, abafa!
O palhaço tem um sorriso bonito, mas ele está de olho na índia de cabelos curtos.
Será que debaixo da fantasia de homem aranha tem o quê?

Samba, suor e cerveja.
Fantasias que facilitam as primeiras conversas.
Músicas que descontraem.
Ilusões coloridas para os corações.


"Mas é carnaval
Não me diga mais quem é você
Amanhã tudo volta ao normal
Deixa a festa acabar
Deixa o barco correr
Deixa o dia raiar que hoje eu sou
Da maneira que você quiser
O que você pedir eu lhe dou
Seja você quem for
Seja o que deus quiser"

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O amor quando se instala

O amor chega pelas flores E para que elas permaneçam É preciso aumentar a quantidade de folhas Fortalecer o caule Oxigenar a estrutura Em estágios avançados O amor reestrutura a raiz O que causa certa vertigem O momento do novo A entrada de tanto ar e água O amor se instala nas flores Folhas Caule Raízes Você inteiro: ar, água, tudo.

E bota no corpo uma outra vez

Subiu no armário Buscou o saco com as fantasias e os apetrechos de carnaval Riu ao lembrar do dia em que usou aqueles cílios postiços E sentiu o coração gelado quando viu aquela saia de bailarina Era apenas objetos... carregados de lembranças e cheiros No cantinho da mente, tocava aquela trilha sonora As lembranças desbotadas de vodca Respirou fundo Misturou os acessórios novos com aqueles cheios de histórias Sorriu E decidiu se jogar nos braços do Rei Momo Como se fosse a primeira vez