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Ele, o 2013

Na hora de ir embora, ele emburrou no canto da sala. Parecia uma criança fazendo pirraça.
Tinha raiva nos olhos, ou dor. Certamente uma frustração pelo que de fato aconteceu.
Ele sabia que tinha agido como um menino mau. Agrediu, foi violento. Deixou marcas.

Perdas. Ele, o 2013, foi um ano de perdas.
Ele roubou o chão. Ele foi impetuoso.

E na hora de ir embora ele me olha feito um menino que fez pirraça.
Fez de um tudo para se sentir amado. Passou de todos os limites para chamar a atenção.
De uma forma torta, ele queria dizer que só amar faz sentido.

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