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Furacão

Ele bem que achava que sabia ficar escondido.
Quem a conhecesse bem, saberia identificá-lo num brilho específico nos olhos, e também numa tristeza ali contida.
Ele até podia se esconder, mas não tinha nada de discreto.
Era imperativo, decisivo e por vezes devastador.
Era a melhor e a pior parte dela.

A ela cabia chamar o furacão de seu, saber que ele estava irremediavelmente instalado na alma dela.

Juntos, tentando não fazer tanto barulho, seguiam, vida afora.


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