Esta semana estreia em BH o premiado documentário "O renascimento do parto".
O tema é urgente. os índices de casarianas são assustadores.
Mais assustadores são os argumentos. É bebê com volta de cordão, é mãe sem dilatação, é médico sem paciência, é mãe sem informação. É muito bebê que nem passa por trabalho de parto. É muita vida que começa com a proteção até do ato de nascer. É excesso de medicina para o que a natureza fez tão bem.
Particularmente, sou a favor de hospital e tecnologia. Agradeço por estar monitorada enquanto tentava bravamente o parto normal da minha filha. Ela entrou em sofrimento por causa de mecônio e a cesárea evitou complicações que poderiam ter consequências graves. Ainda quero parto normal, e terei nas próximas crias.
O meu discurso moderado apanha de todos os lados. Algumas amigas me chamam de louca por querer uma parto natural. Outras me acusam por ousar falar bem de uma cesariana que - pelo que percebo e entendo - salvou a minha filha de complicações.
Vida de mãe e filho tem que começar bem. Para isso é preciso, além de amor, saúde e segurança, muita informação. A mãe tem sim direito de escolher. Escolher após compreender o que significa nascer, escolher após aceitar que faz parte da natureza e tem um corpo perfeito, escolher com segurança, apoiada por quem a ama e quem acompanha clinicamente.
Agora - ai, vou apanhar! - se depois de saber tudo isso essa mãe efetivamente escolher a cesariana, que assim seja.
Pelo direito de saber!!!! Essa sim é a minha bandeira!!!!
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